sábado, 28 de dezembro de 2013

Carta nº2:

Avô:
Se pudesse voltar a ouvir e a ver o seu sorriso, talvez me pudesse perdoar a mim própria, por tudo o que lhe fiz, ou melhor, que não lhe fiz, por todas as confusões e erros que cometi.
Perdoe-me por não te sido a neta perfeita que você merecia ter, perdoe-me por não ter sido paciente, compreensiva, mas a cima de tudo perdoe-me por não ter sido forte e ter perdido a esperança, quando você mais precisava de força para recuperar do momento  mais difícil da sua vida. 
Agora sei que você está aí, e eu nada poderei fazer para recuperar todo o tempo perdido, todas as discussões sem sentido, todo o valor, o carinho e todo o amor que você depositava em  mim.
Se soubesse o que sei hoje, tornar-me-ia, uma vencedora e merecedora de todo esse amor que sentia por mim. 
A sua presença física desapareceu, mas a sua presença espiritual permanecerá sempre em nossos corações. 
Você é, e sempre será, o meu herói, a minha grande admiração o meu grande apoio, não só espiritual, como também emocional. 
E, quando relembrar-me de si, lágrimas não me escorrerão pelos olhos e me percorrerão o rosto, mas sim um sorriso me abrirá o coração e aí lembrar-me-ei do grande Homem que foi e no orgulho que tenho nele! 
Se pudesse pedir algo, o meu pedido era que voltasse para junto de nós, das pessoas que mais o amam, mas por muito que peça isso não irá acontecer.
Tenho, imensas saudades suas. 

Da sua neta, 
Cíntia.

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